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O Dilema Certo vs. Errado

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Você certamente já deve ter visto um post nas mídias sociais dizendo algo assim: “hoje em dia prefiro ser feliz do que estar certo” ou “eu prefiro ser feliz a ter razão”.

Eu confesso que cheguei a pesquisar a frase no Google para ver a opinião dos outros a respeito e tudo que li remete de uma forma ou de outra ao conflito provocado pelo individualismo, egoísmo e coisas do gênero.

De fato, somos educados a levar as coisas para esse patamar, essa dicotomia, essa luta de egos ou mapas (como diz a PNL) e, mesmo aqueles que concordam ou discordam, circulam o tema em torno da dualidade em si. Até o ato de respeitar a opinião do próximo não transcende esses opostos.

Pensar em ser feliz ao invés de estar certo, na minha humilde opinião, é um passo numa direção de pensamento mais evoluído, mas pouco abrangente para incluir nuances até mais importantes do caso, inspiração para este texto.

Até o ato de respeitar a opinião do próximo, hoje em dia, apesar de louvável, não encara de frente a questão e apenas afasta o debate acalorado das resoluções individuais ainda polarizadas de sim e não, certo e errado.

Sendo mais direto, permita-me caro leitor, introduzir um conceito que me parece estar há muito perdido e esquecido: o nosso universo é infinito e, com ele, as maneiras de algo ser, fazer e estar. Em outras palavras, há um sem número de existências, de formas, de ações e estados, não necessariamente restritas aos “certos” ou “errados” e, inclusive, muitos sequer conhecemos. Há muita coisa que nos escapa a percepção e há ainda o que não foi descoberto.

Muitos enxergam isso afirmando que existem muitos tons de cinza entre o preto e o branco. Ouso afirmar que existem muitos brancos e pretos além dos cinzas. Não existe apenas uma maneira “certa” nem apenas uma maneira “errada” de fazer algo.

Quando entendemos isso, fica muito mais fácil respeitar a opinião alheia, pois mesmo se acharmos que o nosso jeito é o jeito certo, o jeito do outro também pode ser, simples assim (e, convenhamos, a probabilidade que este seja o caso é alta!).

Sem querer estender o caráter filosófico do texto, concluir isso nos leva a outra proposição libertadora que pode colocar em xeque a questão do primeiro parágrafo: a relação de causa e efeito que se pretende estabelecer, que parece uma necessidade do âmago de cada ser, não só é frágil como é, também, limitante.

Faz muito mais sentido afirmar: “prefiro ser feliz respeitando o próximo” ou, talvez melhor ainda, afirmar que “prefiro ser feliz ao ser humilde”, humilde o suficiente para admitir que não sabemos de tudo e devemos cada vez mais deixar de ver o mundo como certo e errado, passando a enxergar o universo como possibilidades.

Se eu tivesse a capacidade de ler mentes, arriscaria que a questão que está surgindo agora na sua é: mas se é assim, se existem tantas nuances de certo ou errado, não corremos o risco de ao respeitar, sermos omissos, ficar coniventes e permissivos com as coisas erradas do mundo?

Ah meu nobre leitor, não caia nessa armadilha: o que debatemos até aqui não tem a ver com o conteúdo, mas com a forma. O conflito surge de embate de opiniões, mapas e da divergência em si, como duas pessoas que brigam ao argumentar se uma comida é gostosa ou não.

A discussão é alimentada pela ausência de respeito à opinião do próximo (independente de qual seja), pelo excesso de ego, pela intolerância… isso não quer dizer que devemos ser omissos com o conteúdo e, para isso, temos todo um mecanismo próprio de bússola moral, um arcabouço de leis categóricas, sociais ou implícitas.

Respeitar a opinião do próximo não significa que devamos ser omissos com as ações decorrentes. Colocando de outra forma, podemos compreender as circunstâncias que levaram alguém a cometer um crime, mesmo não concordando com o ato (o nosso sistema de justiça é construído em torno desse conceito). Você pode respeitar a opinião de alguém, mas se essa opinião gerou uma ação ilegal, inadequada ou moralmente inaceitável, haverá consequências (na verdade, esperamos que assim seja!).

Não cabe a esse texto aprofundar-se em questões como justiça e direito ou até mesmo religiosas, mas apenas demonstrar que complicamos demais as coisas e podemos estar mais felizes no nosso dia a dia simplesmente respeitando a opinião das pessoas.

Liberte-se da armadilha de achar que deve estar sempre certo, que o seu certo é sempre mais certo do que o do próximo e você verá que o que é possível para você se multiplicará, mesmo respeitando sua identidade, as suas crenças e valores!

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