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Duvidamos que a mudança seja a única certeza?
Ela significa o caráter irredutível da morte.
Para alguns, destino final.
Para outros, rito de passagem.
Nos seguramos às crenças das certezas efêmeras em vida
mesmo sabendo que a única certeza é a mesma mudança
que fecha ciclos com morte e inicia com vida.
Curioso como todas as supostas certezas em vida
além da mudança
trazem a sensação de segurança que no fundo não existe.
A mudança, como certeza fundamental, tira-nos a segurança.
Então, vivemos um paradoxo existencial.
Buscamos segurança no externo
em crenças, coisas e pessoas
sujeitas às mesmas mudanças que nós
quando a mudança em direção à morte
deveria ser o incentivo supremo a uma vida plena.
Por que resistimos ao diverso?
Porque ele põe crenças em dúvida ou à prova.
Por que adotamos as coisas?
Porque a obtenção material causa euforia.
Por que queremos as pessoas?
Porque exercer poder sobre a posse causa euforia também…
E a paixão é talvez a maior euforia de todas.
A vida contida em nós é razão em si
E ela pode conter crenças, coisas e pessoas.
Receita para o desastre ou êxtase?
Depende.
Qual o norte?
A vida ou o externo das crenças, coisas e pessoas?
A vida ou o ego, reflexo do externo e de quem somos?
Pergunto-me: seria isso uma crença?
Certezas são crenças, assim como valores.
Como elos de uma corrente, elas se entrelaçam
e é necessária muita coragem para entender
que quebrar um dos elos pode provocar uma reação em cadeia
com implicações diretas em nossa identidade.
O que essa ideia provoca?
Medo? Angústia?
Ou realização?
Há encruzilhadas em nossas vidas
quando já mudamos tanto e não nos damos conta
que a saída é jogar todas as crenças para cima
questionar tudo e recriar uma realidade mais adequada
a quem somos há bastante tempo, sem perceber.
Não confundamos
a potencial confiança em uma corrente intacta
com a capacidade de viver.
Não confundamos
a estatura do ego e de supostas identidades
com quem achamos que somos.
A vida é muito mais do que um elo.
A morte é bem menos do que uma corrente.
Se a percepção da integridade de uma corrente traz conforto
Talvez seja o momento de incitar algumas dúvidas
e abrir um pouco de espaço para a humildade.
Essa, cheia de mudanças e incertezas
de caos, novidades e desconforto…
Com uma pitada de dor
e repleta de aprendizado.
#OGuiaTardio
“Não há morte, então,
nem para os vivos nem para os mortos,
porquanto para uns não existe,
e os outros não existem mais.”
Epicuro
Uauuuu! <3 Adorei cada pedacinho.
Obrigada, Romulo!
😍😍😍😍