Jornada.
Quando leio um livro, uma das seções que mais me fascinam é a de referências porque, afinal, são exatamente isso: as influências, as ideias da fonte, a linha de raciocínio original que deu margem à reanálise, a reinterpretação, à evolução conceitual.
Antes do lançamento do livro “The Infinite Game” de Simon Sinek, ele passou talvez mais de um ano no processo de evangelização do conteúdo, o que incluiu a agradável referência do estudo base de James P. Carse sobre jogos finitos e infinitos.
Podemos afirmar que Simon Sinek estendeu o trabalho de James P. Carse, mas deu sempre o devido crédito (algo raro hoje em dia). Ainda à época, li em um blog na Internet um resumo do conceito bastante interessante… que você pode também ler clicando aqui 😉
Jornada.
Jogo infinito.
Chega uma época em nossas vidas que as metas e objetivos (os jogos finitos) começam a ser percebidos como consequência do jogo infinito jogado.
A nossa atenção sai do chegar, da pressa, da conquista e o prazer começa a ser extraído da jornada, dos pequenos detalhes, das coisas maravilhosas no nosso dia a dia que passam geralmente despercebidas… mas que permitem ser apreciadas quando o foco deixa de ser o chegar.
Contei a nossa história anteriormente e ler aquele texto trouxe uma sensação gostosa demais.
Pontuado de momentos sublimes de percepção aflorada, reafirmam a importância da jornada, do jogo infinito.
E quando pergunto “até quando?”, a resposta em forma de pergunta é emblemática: “realmente importa?”
Jornada.
Mudaria, contudo, algo na percepção de três parágrafos à frente, sobre finais felizes.
Que não haja foco em final. Que o foco seja na jornada, no abraço desejado por ser diário, mas eventual pela distância.
Que a percepção de um final encerre-se no desejo das ações diárias e perenes.
Que as dificuldades e desafios sejam comemorados na companhia, na percepção de apoio e de porto seguro.
Que o “estar” seja traduzido em “ser” na compreensão do momento presente como plano para a estrada, mas exercido de forma plena e livre.
Liberdade para caminhar em conjunto com reciprocidade, compreensão e não apenas troca ou negociações.
Jornada.
Que nossos jogos sejam infinitos e alinhados Rebecca, ops, Ju, neste dia dos namorados.
Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com fatos, ocorrências, nomes, pessoas ou situações da vida cotidiana ou do passado é mera coincidência. A escolha dos nomes da crônica foi baseada na lista de nomes mais comuns no Brasil, divulgada pelo IBGE.