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Rédeas

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Como classificamos os acontecimentos em nossas vidas?

Como bons, ruins? Como possibilitadores? Limitantes? Revezes? Certos ou errados?

Como presentes do Universo? De Deus?

Como tragédias?

Não importa como chamemos o que acontece.

Será que… o que importa é como reagimos?

Veremos.

Quero explorar essa percepção.

Na verdade, quero explorar a meta-percepção.

Imagine o primeiríssimo momento consciente de um evento qualquer em sua vida.

Aquele primeiro instante, o exato milésimo de segundo em que chegou ao seu consciente o que aconteceu.

A primeira pontada.

Isso… aquela primeira imagem, o som imperceptivelmente perceptível… a sensação que arrepia (ou nem tanto).

As borboletas no estômago, o frio na espinha…

Neste momento, na fronteira do consciente com o inconsciente, existe uma densa mistura de pensamentos inquietantes e emoções.

Quando registramos o evento, ele vem tomado de toda a carga emocional que acumulamos ao longo dos anos para as situações que o inconsciente julga semelhantes.

Aliás, afirmar que o inconsciente julga algo é uma forçada de barra.

Chamemos de momentos onde a nossa mente inconsciente é capaz de, inocentemente, disparar âncoras emocionais, registros latentes ou há muito perdidos.

Algumas vezes achados até demais, involuntariamente a favor ou contrários à tantas camadas racionais e previamente racionalizadas de justificativas, crenças e supostos saberes.

Hábitos emocionais.

Porrada na cara.

Talvez êxtase, um afago na alma, um prazer repentino e momentâneo, algo agradável.

E tudo isso… muito antes dos dois segundos, nossa biologia inundada por neurotransmissores, adrenalina e uma pancada de outras químicas corporais.

A reação é involuntária.

Quem sabe contradizendo a famosa frase de Charles Swindoll, reagimos.

O que fazemos com a reação muitos autores chamam de inteligência emocional.

Melhor, o que fazemos com a inicial reação.

Percebe como antes dos dois segundos já classificamos o que há por vir?

Já qualificamos a experiência como boa, ruim, favorável ou não.

Sabemos, de fato?

Estamos sendo, desapropriadamente incompatíveis com os objetivos que eventualmente sequer planejamos?

Que resultado efetivo o ser humano é capaz de obter nessa fase, exceto pelas emoções e sentimentos, precursores de ações potencialmente irracionais no plano material, que possam servir de base para uma fundamentada conclusão?

ZERO.

Nenhum.

A equação da inteligência emocional é muito mais fácil e plausível, saída da boca de palestrantes motivacionais e dos livros de autoajuda, do que da realidade que criamos.

Quer tenha preconceituosamente ou estereotipicamente qualificada a situação conforme o mapa que lhe convém, são os resultados advindos do que se apresenta que verdadeiramente podem indicar se houve ganho ou perda… e, somente se, os objetivos estejam formulados.

Sim, algo supostamente “bom” ou “ruim” apenas por comparação do que se já viveu, sem analisar os resultados frente ao planejado dificilmente é uma coisa ou outra.

Complexo?

Nem tanto.

Digamos que… é mais simples do que desejamos e esperamos: a complexidade atribuída pela vontade de permanecer na zona de conforto… que cega.

Uma verdadeira celebração do status quo.

A manutenção do aprendido, uma justificativa para a conservação de energia.

Respire.

Ainda estamos nos dois segundos.

Isso… agora, expire.

Dê-se a liberdade de viver os resultados.

Dê-se a liberdade de viver.

Veja à sua frente as rédeas.

Tome em suas mãos, sinta a textura do couro batendo nas suas palmas.

Ouça o roçar daquele fio de controle correndo entre os dedos.

Isso.

Agora, puxe. Levemente.

Com ele, as emoções correm pelo corpo, unem-se à sua frente e, quando você abrir os olhos, estão sob seu controle.

Passamos dos dois segundos.

Passamos da reação e podemos entrar na meta-reação.

Neste exato momento, o que sente é insumo.

O que sente é matéria tangível para que você chegue numa encruzilhada:

A de decidir ou criar (e decidir).

Opções existem e elas estão diante de você.

Mas você é mais do que a vida lhe serve.

Você é um ser, antes de tudo, capaz de criar.

Então crie.

Crie oportunidades. Crie escolhas e, então, decida.

A partir de agora, você não é mais escravo da percepção momentânea.

Quem é você?

Ache-se. Exerça-se.

Você tem o poder de criar o caminho que o levará aos resultados que deseja.

Aja e quebre o ciclo do que o limita. Aprenda.

Reinterprete a sua realidade emocional através dessas rédeas que agora servem a você e… como qualifica o que promove em sua vida, terá o significado que merece.

Percebe a diferença entre ser passageiro emocional, reciclar reações e ter a chance de ser protagonista?

São em momentos como este que exercer o ser único que somos dá sentido à vida.

A bola é sua. Ou melhor, as rédeas.

#OGuiaTardio
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