Categorias
Coaching Comunicação Corporações Gestão Liderança Profissional

Mais ou Menos 150

Leia agora “O Guia Tardio”! (clicando aqui)
Assista ao canal no Youtube (clicando aqui)


 

Você certamente é usuário de redes sociais.

Veja quantos amigos possui em cada uma.

Se você respondeu que tem algo acima de 150 amigos, precisa revisitar a definição de “amizade”.

Uma que gosto bastante, como ponto de partida, é de que uma amizade é, pelo menos, uma relação social estável.

Você consegue dizer isso dos mais de mil contatos que possui ou, como a maioria das pessoas, tem gente lá que nunca viu na vida?

Se você é feito eu, tem uma distinção mental entre contatos em redes sociais e amigos. Isso abre espaço e coerência mental, social e até antropológica para ter pessoas que fazem parte do seu “networking”, mas que não são, necessariamente, amigos.

E isso é muito importante, porque o ser humano precisa de relacionamentos estáveis em qualquer esfera, seja pessoal ou profissional. Temos a necessidade de pertencer a grupos onde nos sintamos seguros.

É, ao pertencer a contextos sociais de segurança, que as pessoas conseguem ousar, sair da caixinha e se tornarem extraordinárias. É, ao não precisar lidar com a sua sobrevivência e outras questões básicas, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, que nos transformamos em nossas melhores versões.

Isso acontece quando estamos dentro de um contexto social ou um grupo onde as pessoas se ajudam mutualmente. É o equivalente, em nosso passado, à troca saudável (e inteligente) entre os que dormem enquanto alguns vigiam.

Quando nos entregamos à efemeridade das redes sociais, estamos sujeitos a esquecer disso. Pior, estamos usando um artifício tecnológico incompetente (uma trapaça) para substituir um mecanismo antropológico construído por milhões de anos de evolução.  Se o nosso foco é uma vida virtual, longe do contato físico, o nosso senso de pertencimento a um grupo, onde existe segurança, se esvai, promovendo o stress contínuo e suas consequências.

As redes sociais fomentam o contato virtual, que é estabelecido sem uma série de elementos essenciais à construção de relacionamentos duradouros.

Para citar alguns, apenas no aspecto estritamente individual, observe que através das redes sociais não olhamos nos olhos, não sentimos cheiro, não percebemos micro expressões faciais, o posicionamento do corpo, a cor da pele ou mudanças suaves de tonalidade. Tão pouco ouvimos o tom, a força e outras características da voz.

Falta a maior parte da comunicação e, sem ela, relacionamentos sólidos não são estabelecidos. Tudo o que eu falei acima e tantos outros sinais são interpretados pelo seu corpo, sua mente e levados em consideração na hora de se relacionar com alguém.

É por esse motivo que algumas pessoas despertam, de início, ou desconfiança ou o contrário, mesmo você não tendo tanta certeza do porquê. Parece ser um feeling, um sentimento ou um sexto sentido quando, na verdade, é o seu corpo tentando se comunicar com você, dando uma resposta a uma análise criteriosa, através da “intuição”.

Mas e o número 150?

Como animais que somos, existe um número limite de pessoas com as quais conseguimos nos relacionar e formar laços estáveis de relacionamento, diante de limitações cognitivas e biológicas.

Esse número varia um pouco, mas se remete à quantidade de indivíduos formando um grupo onde, de uma forma simplista, o senso de pertencimento se estabelece ou onde de fato conhecemos e nos relacionamos ao ponto de lembrar de cada um, incluindo características individuais mais detalhadas. Acima dessa quantidade, os laços se enfraquecem e um novo grupo se forma (ou, pelo menos, deveria).

Conhecido como o número de Dunbar, foi descoberto pelo antropólogo e psicólogo Robin Dunbar na década de 90 e tem servido de base e inspiração para um sem número de descobertas. Mas o mais curioso é que a sua hipótese tem resistido bravamente ao tempo e as múltiplas tentativas de derrubá-la (e, registre-se, não são poucas).

Ele tem sido usado, intencionalmente ou empiricamente, em aplicações que vão desde o âmbito militar até pequenas e grandes corporações, com implicações profundas no que diz respeito às questões de liderança.

Estamos inseridos em contextos pessoais e profissionais globalizados, onde as ferramentas de comunicação permitem contato com um número cada vez maior de indivíduos. As próprias redes sociais são uma boa forma de comunicação. O efeito colateral disso é a tendência de que mais pessoas estejam envolvidas em projetos cada vez maiores.

De acordo com Dunbar, de uma forma geral, essa não é uma boa estratégia. Ter células de até 150 pessoas promove toda uma série de benefícios, que vão desde uma comunicação mais eficaz, uma proximidade entre as partes e um entendimento ímpar, incluindo a ausência de conflitos e discriminação típicos e inevitáveis da natureza humana.

Isto não significa que o número máximo de pessoas envolvidas em um projeto deva ser 150. Podemos ter múltiplas células de até 150 pessoas e uma interface de comunicação e gestão entre elas.

Mas o mais interessante é que o número de Dunbar tem sido efetivamente usado ao longo da história repetidas vezes, muito antes da sua “descoberta” ou dos estudos que o envolvem.

Desde a organização de aldeias primitivas a unidades militares, agrupamentos de até 150 pessoas são uma constante ao redor do mundo, nas mais diversas culturas. E o motivo por trás é simples: são estruturas sociais sólidas, que funcionam muito bem na prática.

Antes de finalizar, permitam-me mencionar dois excepcionais livros sobre liderança que são quase que complementares: “Líderes se Servem por Último” de Simon Sinek e “Tribal Leadership“, de Dave Logan, John King e Halee Fischer-Wright.

Enquanto o primeiro estuda as raízes que fazem alguém se tornar um líder e como construir as bases de uma equipe de sucesso, o segundo é um tratado sobre a maturidade de equipes (seus líderes) e como evoluí-la. Em ambos, o número de Dunbar não só é fundamental como parte prática da história.

Portanto, agora que você conhece o número de Dunbar, ignorá-lo pode não ser uma boa ideia. Se você for um gestor ou líder, agradecerá. Aliás, agradeça ao Robin 🙂

Categorias
Ficção

Lucas

Lucas levanta a cabeça enxugando as lágrimas. Ele tem que chorar quietinho porque “homem não chora”, segundo seus tios.

Repara em uma criança de cerca de cinco anos que passa com o pai ao seu lado, jogando em um iPhone.

“Nossa, estão começando cada vez mais cedo”, pensa.

Ele começa a caminhar para a parada de ônibus e a lembrar de quando tinha cinco anos e só pensava em se tornar um adulto, meio sem saber pra quê. Achava que seria melhor do que ser criança…

Talvez por sonhar em ser bombeiro, astronauta ou piloto de avião, mas não correlacionava isso a ser adulto ou ao esforço, por consequência. Não pensava na jornada.

Quando começou a pensar nela, imaginou que desenvolvedor de jogos eletrônicos seria uma saída interessante. É a única coisa que ele entende e gosta. Parte da fuga.

Agora, com 17 anos, sente-se perdido. Sente-se acuado, entre a cruz e a espada. Quer voltar aos cinco anos.

O relacionamento com seus pais tem dias razoáveis e dias péssimos. Ele ama seus pais, mas em qualidade e quantidade, os péssimos se sobressaem.

Sua vida resume-se a lidar com reclamações: limpar o quarto. Estudar. Enem. Sair do videogame. Sair do computador. Não chegar tarde. Não usar o celular na mesa. Tomar banho. Não dar atenção à família. Chegar em casa cedo… Não necessariamente nessa ordem.

Outro pensamento preenche a sua mente… “Será que tornar-se adulto resume-se a atender às expectativas dos nossos pais e às dos outros?”

Lucas tem medo de decepcionar, principalmente seu pai. As cobranças são quase diárias e as observações dele, doem: “vai ficar sem fazer nada até quando”? Nem sei se você tem capacidade para passar”. A barra está muito alta.

As feridas aumentam a cada patada. A distância, idem.

Tudo que Lucas quer é um abraço apertado. “Tudo vai ficar bem. Vai dar tudo certo e eu estou aqui para lhe ajudar”.

“Por que não me aceitam como eu sou? De todas as pessoas no mundo, os meus pais deveriam ser justamente as pessoas a me aceitar e ajudar. Deveriam ser as pessoas a melhor me entender.”

Mas ele acha que isso é impossível de acontecer. Um sonho distante.

É curioso como os pais tentam ser a referência dos filhos não pelo exemplo, mas pela cobrança.

“Não quero ser mais adulto. Quero jogar meu videogame.”

O jogo é quase seu único refúgio. Lá, vive a vida que quiser.

Fuga perfeita. Ele está acima do peso e mal se relaciona com pessoas no mundo real.

Os pais se perguntam porque os filhos estão distantes e antissociais. Não param para considerar a possibilidade desse afastamento ser consequência da vida merda e cheia de conflitos que levam, com excesso de cobranças e uma necessidade (deles e da sociedade) de que os filhos atendam às suas expectativas. Sobram expectativas e falta apoio.

Lucas chega em casa lembrando da criança de cinco anos.

“Por quanto tempo será que ele conseguirá fugir?”

Entra no quarto, fecha a porta e começa a jogar.

 


Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com fatos, ocorrências, nomes, pessoas ou situações da vida cotidiana ou do passado é mera coincidência. A escolha do nome da crônica foi baseada na lista de nomes mais comuns no Brasil, divulgada pelo IBGE.

Categorias
Coaching Comunicação Hipnose PNL Profissional

Quando Se Misturam as Bolas: Coaching, Psicoterapia e Hipnose

Leia agora “O Guia Tardio”! (clicando aqui)
Assista ao canal no Youtube (clicando aqui)


(*) No início de fevereiro de 2018, a Rede Globo, um dos maiores conglomerados midiáticos do planeta, abordou o tema do coaching e da hipnose em uma de suas novelas (“O Outro Lado do Paraíso”) como peça de merchandising, atraindo a atenção da sociedade e, em especial, dos profissionais de coaching, hipnólogos e de saúde / psicólogos.

Quando uma das instituições mais poderosas do País(*) em que vivemos decide abordar um tema em um de seus folhetins típicos, certamente chamará a atenção e atingirá uma fatia gigante da população.

E quando a mesma instituição decide abordar um tema polêmico de uma forma ainda mais polêmica, a coisa pega fogo. Isso já aconteceu inúmeras vezes, com temas como preconceito, família, traição, homossexualismo e tantos outros.

Com coaching não é diferente.

Convenhamos, uma novela tenta retratar o nosso cotidiano. Se foi a intenção do autor retratar essa confusão preexistente, dando destaque à questão (apesar de ter sido uma peça de merchandising), francamente não sei e, por desconhecer a real posição do autor, concedo o benefício da dúvida. Contudo, a confusão entre a psicoterapia, coaching e a hipnose existe na sociedade há algum tempo e precede os holofotes da TV.

Fato desagradável: existe uma área de interseção entre psicoterapia, coaching e hipnose, provocada pela falta de clareza na percepção popular. Também é impossível controlar o que as pessoas de fato fazem. Em outras palavras, além da falta de conhecimento, muitos profissionais não respeitam o que podem ou estão capacitados a fazer.

Além disso, nada impede que alguém seja Psicólogo, Coach e Hipnoterapeuta. De fato, é algo que está se tornando cada vez mais comum.

Coloquemos a novela um pouco de lado. Agora, vejamos algumas definições, partindo do princípio de que eu não sou formado em psicologia. Meu ponto de vista é calçado sobre minha formação em PNL e coaching, o conhecimento que tenho (e busco) sobre desenvolvimento humano e pelos anos de terapia que fiz (e, francamente, por estudar bastante os temas de forma autodidata).

A psicologia mexe com o passado. Você entrará em contato com um conteúdo relacionado a lembranças, situações, sentimentos e, diante da orientação de um profissional, ganhará elementos que lhe permitirão tratar sintomas que estão relacionados a esse conteúdo do passado. O Psicoterapeuta pode potencialmente ajudar a intervir no conteúdo e na forma e as catarses e insights advindas do tratamento podem mudar a vida do paciente.

A psicologia e a psiquiatria são profissões regulamentadas e existem formações universitárias por trás do seus exercícios.

O coaching é orientado ao futuro. É um processo onde o cliente (Coachee) reconhece seu estado atual (através de exercícios e ferramentas de auto conhecimento), define um estado desejado e, usando dinâmicas, exercícios e a orientação do Coach, traça e percorre o caminho até esse estado desejado. O Coach NÃO intervém no conteúdo NEM na forma. Ele NÃO sugere ações, não chega a conclusões pelo Coachee nem toma decisões por ele. Tudo isso é feito pelo cliente. Coaching é autoconhecimento, definição de metas, planejamento, execução e avaliação. Obviamente, isso tem o potencial de mudar a vida do Coachee.

É exatamente por esse motivo que o processo de coaching não exige do Coach conhecimento na área que o Coachee deseja atuar ou trabalhar. Na verdade, não faz a menor diferença, pois não cabe ao Coach ensinar um ofício ao seu cliente, muito menos pegar sua mão e conduzi-lo (para fazer uma analogia, o Coach anda ao lado do Coachee). Se essa é a necessidade, o cliente precisa de uma formação adicional, mentoria ou transferência de conhecimento propriamente dita.

O coaching não é uma profissão regulamentada, apesar de existir alguma padronização relacionada às escolas mais influentes. Entretanto, existem sim diferenças entre as abordagens e entre o conteúdo das diversas formações presentes no mercado. Por exemplo, algumas incluem programação neurolinguística (PNL) e outras não.

A essa altura, você já deve ter ouvido em sua mente a pergunta: mas como assim? Tomando por base as informações acima, psicoterapia e coaching são duas coisas TOTALMENTE diferentes e com objetivos distintos. Pois é, de fato, são!

Agora, falemos sobre hipnose, o que pode ser a raiz do tumulto.

Hipnose é uma ferramenta que pode ser usada tanto no coaching quanto na psicoterapia.

Em primeiro lugar, se você já dirigiu, leu um livro concentradamente ou foi ao cinema e ficou vidrado em um filme, você estava hipnotizado.

Hipnose nada mais é do que um estado alterado de consciência, onde você tem o seu foco em algo, sua atenção periférica e faculdade crítica reduzidas. Alguns autores inclusive defendem que não há a necessidade de alteração de estado; se há um rebaixamento da faculdade crítica, isso pode ser considerado hipnose.

A hipnose vem sendo desenvolvida há séculos. Existem diversos conceitos, tipos, aplicações, teorias e resultados documentados dessa poderosa ferramenta. Como a grande maioria das ferramentas, ela pode ser usada em conjunto com a psicologia, coaching, PNL ou associada a outras estratégias.

A página em português da Wikipedia é muito boa em trazer o embasamento teórico inicial e esclarecimentos adicionais.

Como assim, Romulo? Não pode ser! Eu nunca fui hipnotizado! Eu não acredito em hipnose! Eu sou imune à hipnose! É tudo armação!!!!!111!!!1!!!!11

Meu caro, o assunto é tão estudado que existe até escala de susceptibilidade à hipnose. Fato: 95% da população responde a algum tipo de sugestão hipnótica.

Na realidade, muita gente tem um preconceito enorme contra a hipnose, talvez por causa da hipnose de palco (que é uma coisa totalmente diferente da hipnoterapia) ou dos mitos que circulam em torno do tema.

Dito isso, pode uma pessoa que possui uma formação em coaching e hipnose, usar a hipnose para fazer uma intervenção que apenas um Psicólogo pode? Melhor, que apenas alguém da área de saúde pode?

Sim, pode, mas não deve. Pode ser até preso por isso.

A área de interseção se estabelece porque a hipnose como ferramenta pode ser usada tanto na psicologia / psicoterapia quanto no coaching (apesar do coaching e da psicoterapia serem atividades distintas). De fato, a hipnose pode ser usada como ferramenta em inúmeras situações, desde a hipnose de palco, contra a dor e até para tratar, por exemplo, de várias condições relatadas na psicologia.

O que dá autoridade ao Hipnólogo de usar a hipnose como ferramenta terapêutica é a sua formação em hipnose E em saúde.
O que dá autoridade ao Hipnólogo de usar a hipnose como ferramenta no coaching é sua formação em hipnose E em coaching.

Por ter seu exercício livre, o desalinhamento surge através do fato de que algumas condições devem, em princípio, ser tratadas por alguém da área de saúde, como um Psicólogo ou Psiquiatra (seja usando a hipnose como ferramenta ou qualquer outra – se ele for Psiquiatra e julgar adequado e necessário poderá usar até medicação).

Pode a hipnose ser usada, em um processo de coaching, no caminho de autoconhecimento do Coachee ou para acelerar mudanças? Claro! Desde que não como terapia.

Alberto Dell’Isola, Psicólogo especialista em hipnose,  aborda o tema e fala do assunto nesse vídeo, ao estabelecer a diferença entre terapia e mudança, ou “changework”. Eu poderia explicar aqui em detalhes, mas acredito que ele faz isso tão bem no vídeo que seria como reinventar a roda. Quadrada.

Agora, permitam-me colocar uma verdade incômoda e bem estabelecida:

Através da PNL e da hipnose, é possível ajudar as pessoas a superar certas dificuldades rapidamente (apesar de ambas não serem respostas para tudo como muitos pregam). Isso incomoda muitos psicólogos, que estudaram vários anos numa Universidade e, de repente, se veem numa situação de perder um paciente que, tipicamente, requer (mais adiante) anos de terapia.

Eu particularmente chamo isso de zona de conforto e reconhecer quando estamos em uma, dói. Dói muito mais agir para sair dela. É natural que, com o tempo, o ser humano evolua e, com ele, as abordagens. Alguns psicólogos e psiquiatras tratam pacientes hoje com conceitos ultrapassados, estabelecidos há mais de um século.

Funcionam? Sim! Mas existem caminhos mais rápidos e mais eficientes para certas mudanças, caminhos estes que podem ser, inclusive, usados com as ferramentas terapêuticas que já possuem.

Reflitam comigo: o que impede um Psicólogo, Psiquiatra ou qualquer outro indivíduo, de procurar aprender mais, novas técnicas e adquirir novos conhecimentos, especializando-se em PNL, coaching, hipnose ou qualquer outra coisa que desejar, que possua resultados comprovados?

Zona de conforto?

Preconceito?

Lembrando:

O coaching NÃO intervém no conteúdo NEM na forma. O Coach NÃO sugere ações, não chega a conclusões pelo coachee nem toma decisões por ele. Tudo isso é feito pelo cliente. Coaching é auto conhecimento, definição de metas, planejamento, execução e avaliação.

E se o paciente precisa de terapia, não tem processo de coaching que ajude. Coaches que se posicionam como solução para tudo sem a devida formação são criminosos.

Para finalizar, a disputa entre psicoterapia, coaching e hipnose não é nova e nem é da novela, mas foi evidenciada por ela. Se partirmos do princípio de que novelas focam em assuntos contemporâneos e que incomodam na nossa sociedade, ela fez muito bem o seu papel, trazendo luz à algo controverso. Entretanto, não se esqueçam: tudo foi parte de uma ação de merchandising.

 


 

Contribuíram para esse texto: