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A Navalha de Hanlon

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Nem todo mundo está familiarizado com o conceito de “navalha” usado na filosofia.

Em termos gerais, “navalhas” são princípios ou guias para eliminar (cortar) explicações não tão plausíveis para um fenômeno.

Se você é fã de ficção científica e assistiu (ou leu) o fabuloso “Contato“, de Carl Sagan, deve lembrar da Navalha de Occam (Occam’s Razor) que, na obra, afirma que “a explicação mais simples normalmente é a correta”(*).

Semana passada, uma dessas orientações filosóficas me chamou a atenção. Trata-se da Navalha de Hanlon. Nela, o óbvio é exercido. Aquele óbvio que e tão óbvio que cega. Tão simples que assusta:

“Nunca atribua à malícia o que pode ser adequadamente explicado pela estupidez.”

Eu particularmente acredito que a grande maioria dos problemas da humanidade deve-se à falha na comunicação ou ao não entendimento do ponto de vista do próximo.

Quando partimos do princípio de que não existe uma mesma realidade compartilhada por todos os seres humanos e, de que de uma forma ou de outra, cada ser humano tem a sua própria realidade, sua representação do mundo, fica mais fácil de aceitar que a comunicação é a base para o entendimento ou a discórdia. Para a convivência sadia ou a disputa (não acredita? Leia isso).

A questão (que não ajuda) é que as pessoas estão tão bélicas que até mesmo perguntar para obter um melhor entendimento gera conflito. Você começa a questionar no intuito de compreender o que se deseja e seu interlocutor acha que há segundas intenções no questionamento.

Uma vez que esse texto tem a intenção de explorar a Navalha de Hanlon, você já deve ter sentido onde quero chegar.

Não estou sendo particularmente ingênuo. Estou, de fato, sendo prático.

Não mencionei também a Navalha de Occam à toa.

A razão por trás do meu argumento traz a simplicidade que consterna: não obstante ser a malícia fruto de pessoas com intenções usualmente obscuras, ela requer elaboração. Ela é complexa, pode envolver a mentira e toda uma série de artifícios, bem como planejamento que a sustente.

Caímos, pela falha em nos comunicar e pela incompetência em compreender a realidade subjetiva do ser humano, na armadilha de complicar tudo, adicionando maldade à equação.

E olha que nem cheguei a mencionar a estupidez. Mas convenhamos, esse é filho bastardo da ignorância. Nossa incapacidade em compreender e em nos comunicar de forma eficaz são parentes próximos, fazem parte da mesma família.

Ouso afirmar que as duas navalhas fazem parte do mesmo conjunto. Dada a natureza humana, afirmar que a estupidez (e variações dela) são a explicação mais plausível para muita coisa que julgamos ser maldade, nada mais é do que afirmar que essa É a explicação mais simples.

Meu querido leitor, sinto que a essa altura você deve estar se perguntando o quê me fez pensar na Navalha de Hanlon ou que situação inspirou essa linha de raciocínio.

Peço-lhe o perdão que é exigido pela ética em não revelar partes. A potencial sabedoria da generalização, nesse caso, trouxe-me lições importantes, entendimentos e mudanças de opinião acerca de situações e pessoas. Porque não dizer, ainda sem implicar alguém, trouxe aceitação e perdão, ao entender que a ignorância é a raiz de tanta coisa em nosso mundo… e não a maldade.

Assim como a ignorância é uma benção, há toda uma nação de pessoas que buscam ser abençoadas diariamente; fogem do conhecimento como quem foge da morte, uma fé em manter-se alheio, uma estratégia quase perfeita para que o seu contexto existencial seja facilmente justificado para si e para os sistemas aos quais pertence.

Talvez essa minha conclusão seja um traço do meu romantismo, um raio de esperança em usar a Navalha de Hanlon para justificar a existência, segundo Sartre, de alguns indivíduos. Particularmente não conseguiria viver sob um contexto desses. Mas como argumentei (e acredito), cada ser humano tem a sua realidade individual e a sua subjetividade protegida por suas convicções.

No fim do dia, elas quem determinam a sua realidade através de quem você é ao existir e, (porque não afirmar) através de suas ações. Se somos reflexos dessas ações, para muitos é o que há de mais confortável: entender o mundo da forma que agrada,  manter-se ignorante ou omisso diante das situações antiéticas, conflitantes e que incomodam para que a existência seja perfeitamente justificável.

No fim, estupidez é a palavra que define. Mais uma vez, não estou sendo ingênuo em achar que a maldade não existe. Ela existe sim, mas sua incidência é bem menor do que a nossa própria ignorância/incompetência nos leva a crer.

Agora, para dar um nó cego e contabilizar o custo das minhas ações, me respondam: estarei eu sendo estúpido, ignorante, conivente ou omisso, ao enxergar tudo isso e eventualmente decidir não agir?

 


(*) A Navalha de Occam não afirma explicitamente que a solução mais SIMPLES é a correta. Ela afirma que a explicação com menos “componentes” deve ser a correta. A diferença é sutil, mas importante de se registrar.

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Perguntas Antes das 8

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Acordo com o despertador. 5h.

Olho para o lado e vejo meu amor dormindo.

Na verdade, vejo apenas o nariz de fora, o resto é lençol e travesseiro. Um sorriso breve me escapa mas o sono que resta o remove.

No Nordeste, o sol amanhece cedo, mas ele só tem alguns minutos de vida. Tímido, logo se tornará um calor de 30 graus.

Essa capacidade, de certa forma, me inspira. No entanto, minha potência matinal é nula.

Lembro quando tinha 14 anos e acordava no mesmo horário. A questão sempre foi desafiante.

Se você meu amigo é feito eu, que prefere a noite, sinto comunicar-lhe que é um mito afirmar que a situação melhora com o tempo.

Mas isso realmente importa? O que importa?

Aproveitando os questionamentos… O que te move?

Depois de ir à cozinha cambaleando, tomar minha água com limão, me olho no espelho do banheiro e a pergunta vem à mente involuntariamente. 5:30h:

O que te inspira?

Tiro uma foto do sol nascendo, da varanda. “Viva o momento presente”, penso.

Amanhecer. Boa Viagem, Recife, Pernambuco

A resposta vem logo em seguida, em um sentimento engraçado: como viver o momento presente se não consigo nem acordar?

No banheiro, a luta interna se acirra ao molhar o corpo. Nossa, o que estou fazendo aqui, penso.

Volto para a cozinha, tomo café. Vejo o prato do meu Pai pronto, em cima da mesa e a resposta chega: “só depende de você”.

Saio da cozinha em direção ao quarto para pegar as coisas que faltam.

Vejo meu amor novamente e a frase se repete, em loop… “Só depende de você”.

5:50h.

Academia, casa, banho. “Só depende de você.”

Chego à frente do notebook. 8h.

O que realmente importa?

O que te motiva, Romulo?

O sono vai sendo substituído por uma calma.

Uma calma aperreada, de quem está tranquilo mas resoluto. Sem ansiedade mas urgente. Urgência de quem precisa agir.

Calma sem hesitação mas ponderada. Mova-se.

A mente clareia e as respostas aparecem.

O que realmente importa está dentro de mim, assim como a inspiração e a motivação.

Não poderia ser diferente, ou poderia?

Só depende de mim. Mova-se.

E, antes que o dia comece direito e antes de qualquer argumentação, eu já sei todas as respostas que preciso.

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Ah, O Natal e o Fim do Ano…

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Essa época do ano é especial para mim. Não sou religioso (também não sou ateu), e me considero uma pessoa espiritualizada. Respeito as convicções religiosas de cada um, desde que elas não preguem o ódio ao próximo (acreditem, bastante comum).

E o que danado estou eu fazendo, ao escrever um post sobre Natal e o fim do ano?

Natal é lindo. O fim do ano também.

Natal é uma época do ano, na região onde vivo (Nordeste do Brasil), onde as pessoas se amam mais. Elas sorriem mais, querem mais bem umas às outras e se ajudam (exceto nos centros comerciais).

Faço questão de falar a região onde estou porque outros lugares do mundo possuem outras culturas e o Natal é uma festa cristã. Temos a tendência de achar que isso é normal, mas o “normal” mesmo, se considerarmos a maioria das práticas religiosas, é a soma do islamismo, induísmo e budismo (mais de 45%) e pessoas sem religião (12%). Cristãos são menos de 30% da população mundial.

Talvez o espírito dessa época do ano, na região onde vivo, seja uma mistura de uma maioria cristã com o balanço de nossas vidas, feito geralmente em dezembro. É agora que as pessoas olham por cima dos seus ombros e enxergam o que fizeram por 12 meses.

É agora que as pessoas olham para o futuro e planejam (e desejam) o melhor. É agora que calculamos o saldo das nossas vidas e percebemos que o bem atrai o bem.

Se o Natal é uma festa religiosa? Que seja. Se é um momento onde todos confraternizam e exercitam o bem estar? Que seja também!

Se pensarmos direitinho, o dia primeiro de janeiro é igual a hoje, igual a ontem e igual à qualquer dia da semana passada. Tem 24 horas e pode chover ou não. Tanto o Natal quanto o ano novo e nosso calendário são, historicamente, convenções. E o que realmente importa?

O fim do ano não é nem um fim nem um início, mas uma continuação. Agora, imagine o que você pode fazer daqui por diante, com toda a experiência e maturidade que você tem hoje que, certamente, há um ano atrás, julgava inatingível?

Quando as pessoas miram no Natal e no 31 de dezembro, elas exercem o direito de sonhar com um futuro melhor. Elas são contaminadas por esse desejo e entendem, por um breve momento que seja, que um futuro melhor também depende delas, mesmo que inconscientemente.

Estarei sendo eu, ingênuo, ao pensar tudo isso?

Talvez.

Estarei eu sendo leviano? Improvável.

Eu gosto de acreditar, assim como Steven Pinker, que o mundo está ficando menos violento com o tempo. Eu gosto de acreditar que as pessoas estão mais amáveis, acessíveis e mais felizes. Nunca na história da humanidade a felicidade foi tão importante. As pessoas tem uma tendência de confundir a felicidade derivada de momentos efêmeros com a felicidade oriunda do existencialismo… não obstante, felicidade.

Cabe aqui uma nota explicativa: ser feliz é diferente de estar feliz. Enquanto a primeira emana do ser, da sua condição exercida e existencial, a segunda advém de momentos passageiros, usualmente associados a festas, baladas, abuso de substâncias, aquisição de bens materiais, jogos e outras atividades que estão geralmente associadas ao status, ascensão social ou, ultimamente, ao dinheiro.

A felicidade existencial, por outro lado, normalmente não custa nada. É chegar em casa para o abraço da prole ou da cara-metade; é ouvir um eu te amo; é contribuir para a evolução ou desenvolvimento do próximo sem esperar nada em troca; é ajudar alguém na rua; é a caridade… é tudo aquilo que traz felicidade como consequência de quem você tem sido: um bom pai / mãe / filho(a), um bom marido / esposa, um bom ser humano.

É óbvio que divertir-se eventualmente patrocinando momentos felizes é fantástico. A questão é focar nisso como motor de sua felicidade e viver de altos e baixos, afinal, a felicidade perene é a existencial.

Voltando para o Natal e o ano novo, vejo uma tendência dessa época do ano em exacerbar a felicidade existencial. Claro, muitos são contaminados pela pressão comercial e cedem ao momento, esquecendo de aproveitar o espírito de bondade dessa época.

Mas nem tudo está perdido. Até meados do ano passado, o ato de abraçar para mim era um tabu. Emocionar-me, idem. De fato, demonstrações de emoção,  principalmente públicas, eram terreno proibido. Hoje, percebo que a empatia demanda aproximação e não existe caminho mais curto para ela do que demonstrar carinho e bem querer.

Por causa disso, minha vida mudou substancialmente para melhor e tenho certeza de que este natal e ano novo serão bem diferentes. Sinto-me mais próximo das pessoas. Consigo enxergá-las melhor e agradeço ao universo por não ter mais receio de me aproximar!

Para quem não está entendendo nada e nem onde quero chegar… Pense nessa época do ano como, talvez, um empurrão cósmico. Uma brisa de bons fluidos que começa a soprar nas suas velas existenciais, permitindo que você ajuste seu rumo em direção à positividade… em direção ao bem querer, em direção à um “ser” de bondade, de ajuda ao próximo e de caridade… em direção à sua evolução.

Você tem cerca de quinze dias para testar a minha teoria, aproveitar o momento e ver se gosta. Se valer a pena, quem sabe… 2018 em diante será maravilhosamente fantástico!

Um forte abraço e meu mais puro desejo de transformação positiva e bondade! Feliz Natal e um excelente ano novo!

O que você teria feito há um ano se soubesse ser impossível dar errado?

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Permita-se Renascer

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Renascer.

Reinventar-se.

No nosso corpo, células nascem e morrem a cada segundo. Como que em uma profecia (terá sido como parte de um plano bem feito ou, quem sabe, fruto de milhares de anos de evolução?) nossa estrutura foi criada fisicamente para morrer e nascer a cada dia e isso não é só uma tendência, é uma característica de estar vivo.

Com o pensamento não é diferente. Nós formulamos pensamentos e, deles, geramos sentimentos que nos movem. A partir daí, criamos conceitos e opiniões. Posições frente ao mundo. Nossa visão de existência projetada em uma tela de fundo.

“O importante não é o que fazemos de nós,
mas o que nós fazemos daquilo que fazem de nós.”
Jean-Paul Sartre

Não é raro quando visões de mundo se chocam. Sou capaz de afirmar que somos assim por design. A troca de ideias, o debate sadio e a argumentação existem para permitir que ideias evoluam, conceitos sejam revistos e opiniões sejam mudadas. Eles existem para nos tirar da zona de conforto, onde nada cresce.

Mas a linha que separa o compartilhamento de ideias da guerra é tênue e móvel. Diante de conflitos de opinião, nos agarramos às nossas crenças de forma irredutível e terminamos por não abrir mão do conflito, muitas vezes por orgulho.

Nos apegamos a conceitos solitários e podres, raramente revisitados. Opiniões por vezes incompatíveis com nosso modus operandi que ocupam a mente e o coração por falta de ação, agarrando-se ao que foi e não é mais. Opiniões, posições e convicções não mudam sozinhas. Elas não morrem de inanição e, no máximo, ficam adormecidas, ocupando espaço valioso e frequentemente não evoluem no mesmo passo que o mundo à nossa volta.

Ceder é a palavra que está intimamente seguida por mudar. Aceitar. Reconhecer. Respeitar. Revisitar nossa existência vez ou outra é fundamental para arejar mente e coração, permitindo que novas ideias sejam consideradas e eventualmente aceitas.

Assim como nosso corpo renasce biologicamente aos poucos, todos os dias, é necessário permitir o fluxo de ideias e convicções, o trânsito de opiniões. Permita-se escutar o próximo até o final de suas frases, acompanhar o raciocínio alheio até o ponto da discórdia preferencialmente muda, aquela que dá oportunidade ao cérebro de acompanhar o raciocínio antes da reação emocional que cega e ensurdece.

Respire fundo.

Questione.

Entenda.

Então, argumente.

Exercício desafiante, mas que rende frutos excepcionalmente gostosos. Um debate de ideias ricas e opiniões inteligentes é um afago na alma, um carinho intelectual, um empurrão evolucional onde todos os participantes saem ganhando.

Mas a melhor parte mesmo é que todos tem a oportunidade de renascer.

Segundo Sartre…

“Para conhecer os homens, torna-se indispensável vê-los agir.”

Nós somos o resultado de nossas ações (e escolhas). Se você não concorda com o existencialismo, há de concordar que é inegável a ligação que existe entre quem somos e nossas ações ou sobre como nos tornamos nossas escolhas.

“A escolha é possível, em certo sentido, porém o que não é possível é não escolher. Eu posso sempre escolher, mas devo estar ciente de que, se não escolher, assim mesmo estarei escolhendo.”

Dito isso, imagine que pensamentos geram sentimentos, que geram açõesse mudarmos nossos pensamentos, temos a oportunidade única de influenciar nossas ações diretamente e, com isso, mudarmos quem somos, nossa existência, exercendo da forma mais pura, nossa inerente liberdade de ser.

Ao respeitar a opinião do próximo, você tem a chance de avaliar seus próprios conceitos e convicções; tem a chance de renovar sua própria existência e renascer…

Reinventar-se!

Agora reflita: será que em nome da capacidade de ser plenamente, de ser novamente, de renascer ainda mais capaz como uma fênix, não vale à pena abrir mão da intransigência e permitir-se uma nova opinião sequer?

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O Poder de Ser Positivo, Parte 1

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Querido Leitor,

Nas duas últimas semanas, interagi muito com as pessoas por causa do meu post, onde descrevi o esforço em manter a depressão afastada. Foram muitos debates, trocas de ideias e experiências pelo Messenger, WhatsApp e Instagram e um assunto dominou: como manter-se positivo diante do desafio.

Não só foi uma rica troca de ideias como algo se encaixou dentro de mim.

Diante das dificuldades da vida, eu costumava racionalizar e tentava me preparar para o pior. Cheguei a comentar isso no post sobre minha caminhada: no intuito de me preparar, pensava em todas as formas possíveis (ou não) de algo dar errado. Planejava pensando o pior e achava uma irresponsabilidade pensar algo diferente do pior cenário.

Minha negatividade não parava por aí. Eu hoje sei que influenciava os outros e achava uma tremenda irresponsabilidade quem não se planejasse também, pensando nos piores cenários.

Meu caro leitor, eu era uma pessoa nada positiva, provavelmente aquela pessoa tóxica com a qual muitos não querem conviver por opção.

Diante de vocês, peço minhas sinceras desculpas. Devo isso não só às pessoas com as quais me relacionei até hoje, mas ao universo. Devo isso a todos que eventualmente influenciei com esse comportamento. Cabe a mim reconhecer e evoluir com o erro. Cabe a mim não só pedir desculpas, mas agradecer ao universo por essa catarse.

Como cheguei a essas conclusões?

É onde mora a melhor parte: resultados práticos.

Fazendo um balanço, esse tipo de atitude diante dos desafios da vida NUNCA me trouxe nada de útil. Considerando os últimos quarenta e dois anos, pensar no que poderia dar errado nunca me trouxe nenhuma vantagem sequer, nenhum insight ou nenhuma preparação, de fato, contra as intempéries da vida. Sem dúvida, hoje tenho a certeza de que me comportar assim só me presenteou com resultados negativos.

Isso não acontece por acaso. É bastante comum uma convivência negativa com o mundo estar associada a sentimentos negativos. Quando esses sentimentos são gerados, temos a tendência de enxergar o mundo através deles e agir de acordo.

Em 2013, um estudo observacional com mais de trinta mil pessoas (Kinderman P, Schwannauer M, Pontin E, Tai S) indicou que eventos negativos em nossas vidas, junto com o “ruminar” de pensamentos compatíveis e o sentimento de culpa, servem como bons indicadores de problemas mentais futuros, como depressão. Além dos fatos em si, o que pensamos e como reagimos a estes eventos modelam o nosso bem-estar psicológico.

Ou seja, intenções que surgem de pensamentos, geram sentimentos que geram ações. Se a cadeia for negativa meu caro, o resultado também será.

Ao longo dos últimos dezesseis anos, a vida tem tentado (inicialmente com muito esforço!), me ensinar que a gente atrai o que transmite. Essa é uma das leis mais antigas do universo. Aos poucos, fui percebendo que não só ser negativo não me ajudava, como pensar e desejar o melhor invariavelmente traz resultados melhores.

O primeiro passo dado foi rever os sistemas aos quais pertencia e as conexões que tinha com a sociedade. Essa revisão provocou uma mudança na forma com a qual eu interagia com outras pessoas, ao vivo e remotamente (pelo celular, internet etc.) e, aos poucos, esses sistemas foram sendo alterados, cada vez mais passando a serem populados por pessoas de bem com a vida, positivas e felizes.

Foi quando decidi conscientemente me afastar daquilo que julgava negativo, pessimista ou limitante. Aprendi que nós temos, como dizem lá fora, um “gut feeling“, um frio na barriga… uma espécie de alerta natural contra essas coisas que nós frequentemente subjugamos. É necessário escutar mais nosso “eu” interior, essa intuição que nos alerta para o perigo (sim, perigo!). Quando me refiro a afastar-se daquilo que é negativo, refiro-me a desde um vídeo aparentemente inocente em um grupo do WhatsApp à convivência com determinados perfis de pessoas.

Cometi erros de julgamento? Certamente. Quando somos ácidos e negativos, nosso poder de análise fica prejudicado e é natural que, em um momento inicial, nos afastemos de pessoas ou coisas que não são tão prejudiciais assim. Se usarmos educação e respeito ao próximo, isso não será uma questão importante com a qual deva se preocupar. Você sempre pode rever sua posição e se reaproximar. A questão aqui é: você não precisa ofender ninguém ou tomar ações irremediáveis.

Trata-se de auto preservação.

Não consigo afirmar se essas mudanças foram provocadas por minha nova postura (positiva) ou o contrário. Mas elas ocorreram e, hoje, olhando para o passado, consigo afirmar quando, com uma precisão de semanas, elas ocorreram. Fui, pouco à pouco, me livrando da toxicidade.

A partir daí, as mudanças começaram a aparecer de forma menos dolorosa e mais fácil. Uma coisa puxou a outra: cercar-me de pessoas positivas tornou mais fácil ter uma postura positiva frente à vida; tornou também mais fácil pensar positivamente, agir positivamente e falar uma linguagem de empoderamento ao invés de continuar a usar termos limitantes. A roda começa a girar e uma ação beneficia a próxima. É assim que funciona e é necessário atitude da nossa parte para agir e quebrar o ciclo. Esse pode ser o maior desafio de todos: apostar na mudança e agir. Pagar para ver.

O mais curioso disso tudo é a mudança interna provocada. Quando o novo alinhamento interno (positivo) ocorre, a lente que você enxerga o mundo mudará também e você passará a ver as coisas de forma mais bonita, mais possibilitadora.

[Este post tem duas partes. Esta é a primeira parte. Para continuar e ler a segunda parte, clique aqui.]

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O Poder de Ser Positivo, Parte 2

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[este post é uma continuação. Para ler a parte 1, clique aqui]

Dias atrás li um artigo na Entrepreneur sobre uma linha de raciocínio liderada pela psicóloga Gabriele Oettingen da Universidade de Nova York, afirmando que pensar positivo pode prejudicar o atingimento de metas e objetivos. Na minha humilde opinião, o artigo falha semanticamente ao confundir pensamento positivo com sonhar acordado. Não li ainda o livro dela que fala a respeito e prefiro acreditar se tratar de uma má interpretação.

É muito importante fazer uma distinção entre os dois: concordo com o artigo quando afirma que desviar recursos para ficar sonhando com uma realidade alternativa (positiva) pode prejudicar o atingimento dos seus objetivos. Mas pensar positivo faz muito mais parte do motor que deve existir por trás de ações objetivas do que do motivo para se mudar para um canto da sua mente, onde sempre faz sol e você está tomando mojitos à beira da praia.

Ter positividade frente à vida não significa que você deve ser irresponsável e ignorar evidências de algo que pode dar errado. Aqui, as coisas podem ficar um pouco mais complexas, pois podem faltar recursos em nós mesmos para avaliar objetivamente uma situação e concluir o que fazer.

No momento atual da minha vida, acredito que é melhor ser positivo sempre e influenciar positivamente tudo em que se toca, correndo o risco de falhar e não estar necessariamente “preparado“. Entenda, pois são coisas distintas – preparar-se para o pior (como eu fazia) não evita a falha em si. Ou seja, não serve para nada.

“It’s your unlimited power to create and to love
that can make the biggest difference in the quality of your life.”
Tony Robbins

Ser positivo ajudará você, inclusive, a ressignificar o ocorrido de forma a encontrar feedbacks úteis e seguir em frente. Algo tão óbvio, mas que muitos teimam em não enxergar: falhar não é agradável nem desejado, mas é um processo natural da evolução! Entenda como um aprendizado.

Agora, amigo leitor, pode restar a dúvida: como faço então para analisar objetivamente uma situação e decidir como agir, se ser negativo / pessimista pode me influenciar negativamente e ser positivo / otimista pode me influenciar positivamente (em ambos os casos, avaliando equivocadamente uma realidade)?

Existem inúmeras respostas a essa pergunta. Sugiro ler o fantástico “Originais” de Adam Grant para alguns insights. Contudo, como bom estudante da PNL, não poderia deixar de sugerir a estratégia ou Método Disney.

Criada em 1994 por Robert Dilts ao modelar como Walt Disney trabalhava, consiste em separar o processo criativo em partes: o sonhador, o realizador e o crítico.

Walt Disney possuía salas para cada uma dessas tarefas. Na primeira, seus parceiros de trabalho eram responsáveis por sonhar livremente sobre um determinado tema, irrefreáveis, sem se preocupar com a forma de executar ou quaisquer questões que poderiam eventualmente impedir a realização do sonho.

A segunda etapa consistia em pegar “o sonho” e submeter à equipe realizadora, responsável por elencar todos os passos necessários à criação do sonho, sem nenhum espírito crítico, apenas reunindo tudo aquilo necessário para tornar o sonho da primeira sala realidade.

Por fim, na sala da equipe crítica, o sonho e suas etapas de realização eram testados à procura de falhas e objeções. Ciclo concluído, as sugestões eram passadas adiante e o processo se repetia.

As interações das equipes em ciclos eram realizadas até Walt Disney ficar feliz com o resultado. Reza a lenda que, de tanto andar entre as salas, o chão era desgastado.

O ponto importante da estratégia é dar o tempo necessário para que cada etapa seja realizada completamente, algo que não acontece quando temos essa luta dentro de nós ou quando o sonhador, o realizador e o crítico estão no mesmo ambiente.

Agora, pare um pouco e pense em como um processo criativo se desenvolve dentro de sua mente. Perceba que a luta mental é constante e estamos ao mesmo tempo tentando sonhar, pensar nas etapas e criticá-las. Isso torna todo o processo pouco eficiente. Ao separar as etapas, não só ele se torna mais fácil e eficaz, como o impacto de uma característica de seu funcionamento, do seu estado momentâneo ou personalidade (como ser positivo, favorecendo o sonhador ou negativo, favorecendo o crítico), é minimizado.

Com isso em mente, não há desculpas a favor de não tomar uma atitude positiva por padrão. Mas se tem uma coisa que eu aprendi ao ser pessimista durante a maior parte da minha vida é que, quando os argumentos acabam, ouvem-se as generalizações.

É aí onde você começará a escutar argumentos do tipo “como é possível pensar positivamente, ser otimista em um mundo repleto de violência?” “Ah, não dá pra ser otimista com tanta tragédia acontecendo no mundo“.

Permita-me afirmar que esse argumento também é equivocado.

Steven Pinker escreveu um livro chamado “Os Bons Anjos da Nossa Natureza”, onde ele prova que, ao contrário do senso comum, a violência no mundo está diminuindo, e não aumentando.

Ele faz isso embasado em fatos, do início ao fim de sua obra de mais de mil páginas. De uma forma geral, o processo de civilização é responsável pela redução da violência por cem mil habitantes, estatística mais apropriada para avaliar a questão.

Ele também afirma, em um dado momento, uma suspeita antiga: a globalização e a velocidade com a qual a informação é difundida, juntamente com a mídia e um interesse maior por notícias negativas, nos dá a impressão de que o mundo está pior quando, na verdade, não está.

Sem querer entrar em outro tema mas pare por um momento e reflita: na Roma antiga, a diversão era jogar gente dentro do Coliseu e simular batalhas onde não só o sangue jorrava como partes de corpos voavam para todos os lados e eram estraçalhados por animais, algo inconcebível culturalmente por mais de mil anos recentes.

Não precisa ser estudante de história para pensar em pelo menos mais duas situações de violência corriqueira culturalmente aceitas nos últimos mil anos e que são impensáveis nos dias de hoje.

Em outras palavras: tragédia vende jornal (e não é, necessariamente, culpa da mídia).

Entretanto, somos bombardeados por notícias negativas, que só contribuem para uma espiral negativa.

Convido você a começar essa mudança. Comece aos poucos, evitando frases pessimistas, conteúdo negativo e pessoas como eu fui, não necessariamente nessa ordem.

Acorde pela manhã, olhe-se no espelho e dê um sorriso. Respire fundo, erga o peito e o queixo, assuma uma postura de vencedor e empodere-se: pense em como as coisas darão certo nesse dia maravilhoso que está à sua frente!

Aquele grupo do WhatsApp que só tem acidente e gente morta? Saia dele. E do grupo que só tem gente reclamando da vida? A mesma coisa.

Aquelas pessoas no Facebook que só falam dos seus problemas ou contam miséria? As que postam sobre como a vida é injusta ou ruim? Pare de seguir. Gente que só reclama no Twitter? Pare de seguir também. Substitua o jornal da TV à noite por uma boa leitura. Aproveite para estudar ou ler um bom livro!

Eu desafio você a me contar uma única coisa boa que aconteceu em decorrência de algum conteúdo negativo ou pessimista. E não, você não corre o risco de ficar “alienado” como alguns pensam – no mundo globalizado de hoje em dia, nem se você parar em uma ilha deserta.

E daí que o mundo não é só flores? Se está provado que isso pode influenciar seu dia, seu humor, seus sentimentos e seus resultados, escolha contaminar-se COM BONDADE!

Pense positivamente, use isso como combustível para todas as suas ações, conscientemente ou não. Escolha ser essa a influência que deseja carregar para além das suas ações – seus resultados. Você não tem absolutamente nada a perder, não esquecendo de ser grato ao universo (e a você!) quando as coisas derem certo. Se não derem? Seja grato pelo aprendizado, da mesma forma.

“Trade your expectation for appreciation and the world changes instantly.”
Tony Robbins.

Dedico esse texto (partes 1 e 2) à pessoa que tem, nos últimos sete anos, sido uma das minhas maiores fontes de positividade: minha Abacaxi com Canela.

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Ensaio Sobre Propósito

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15 de agosto de 2001 foi uma quarta-feira inesquecível.

Recebi a ligação do meu chefe à época, anunciando que a empresa onde eu trabalhava estava fechando as portas e encerrando suas atividades.

Recebi instruções de, no dia 20 de agosto de 2001 pela manhã, uma segunda-feira às 8, permitir a entrada supervisionada dos profissionais para que retirassem seus pertences. São datas que não esquecerei. Dar a notícia a 18 pessoas, indivíduos com quem compartilhei felicidades, tristezas, stress e um sem número de histórias.

Foi quase três anos desempregado, no auge de uma crise hoje esquecida: a bolha das .com. Pela crise que nós passamos hoje, um aprendizado valioso.

As maiores transformações são calçadas na dor. Eu me considerava um bom profissional: palestrante desde os 21 anos, alto conhecimento técnico, trabalhava frequentemente quatorze horas por dia, vivia para o trabalho. Entretanto, era autoritário, ego inflado, irredutível e prepotente.

Foi uma fase muito desafiante. O desespero por não conseguir uma recolocação; a dificuldade no lar, a fome e a sensação de inutilidade e incompetência para mim e diante da minha família. Depressão, síndrome do pânico e incapacidade de sair de casa. A queda não só foi inevitável como, do alto do pedestal em que me colocava, devastadora.

Durante estes quase três anos de reclusão, encontrei uma fuga nos jogos de computador. Sempre me identifiquei com eles, mas terminaram tomando uma proporção gigantesca em minha vida. Passava horas na frente do PC jogando RPGs, MMPORPGs, FPS e afins. Uma fuga quase total da realidade. Um ciclo vicioso que foi quase impossível de quebrar.

Por mais absurdo que possa parecer, jogar dezesseis horas por dia me trouxe um insight fundamental para a minha vida: propósito.

Eu descobri que, até aquele momento, tendo começado a trabalhar aos 17 anos e construído uma carreira profissional de sucesso e em ascensão, eu não tinha um propósito em minha vida; não havia uma razão de ser, um objetivo, uma meta, uma razão para acordar pela manhã.

Descobri isso ao ver o contraste absurdo entre a minha vida virtual e a real. Em uma louca situação de inversão total de valores, eu tinha um propósito no jogo junto aos meus colegas, mas não tinha fora dele.

Isso foi fundamental para sair do fundo do poço: passou a não fazer sentido para mim ser “alguém” dentro de uma comunidade de jogadores e não ser ninguém fora dela. Se eu conseguia ser alguém em um mundo virtual, se havia esforço em ser alguém dentro dessa comunidade, por que não usar esse esforço para ser alguém no mundo real?

A ausência de propósito se traduzia a chegar ao fim do dia; o objetivo máximo era bater uma meta, entregar um projeto, ganhar dinheiro no fim do mês para pagar as contas. Quando fiquei desempregado, o que eu achava que era minha motivação, desapareceu, o que fez com que o fundo do poço ficasse ainda mais profundo.

Pensava: “O jogo da vida é aqui fora. É o que vale! E estou jogando muito mal.”

Ao fugir para um mundo virtual, encontrei uma razão de ser, mesmo que efêmera. Agradeço ao universo que isso tinha acontecido, pois me fez ver que sem um objetivo, não vamos muito longe, principalmente diante das adversidades.

Mais de quinze anos depois, vejo que aquela ligação que me pegou de surpresa em 15 de agosto de 2001 não era, de fato, uma surpresa. Meses antes, os sinais de que as coisas não iam bem estavam presentes e eu me recusei a observá-los. Eu ignorei todos os sinais que passaram na minha frente, impedi-me de enxergar o óbvio porque o status quo era agradável. A zona de conforto me englobava por completo, era quente e serena, acolhedora e reconfortante.

Não ter um propósito ajudou ainda mais na cegueira existencial. Viver sem um objetivo em mente tornou aquela zona de conforto ainda mais atraente: o sucesso parecia se fazer presente!

Ao contrário do que possa parecer, mesmo passar por essas experiências não me ensinou a importância de ter objetivos bem definidos de forma consciente. Eu tive muita sorte: nos últimos 12 anos, a vida me colocou em situações onde eu fui forçado a traçar metas claras. Mas foi apenas recentemente que aprendi como é importante ter objetivos de vida claros e conscientemente planejados.

Posso afirmar com veemência que as dificuldades me ensinaram humildade; ensinaram-me a ser mais paciente, a deixar a arrogância de lado e a ter, como um dos principais objetivos pessoais, desenvolver-me como ser humano. Crescer como ser.

Para finalizar, permitam-me mencionar quatro coisas importantíssimas que a vida também me ensinou:

Até meados dos nossos 20 e poucos anos, somos levados pelo rio da vida e as nossas escolhas e decisões são, na sua maioria, fruto do meio e não dos nossos objetivos. Somos ensinados a correr o mais rápido possível para ter sucesso. A visão é de curto prazo e não relacionamos as nossas pequenas escolhas do dia-a-dia com consequências de longo prazo.

A fast food que comemos com 20 anos é a doença dos 60. A vida sedentária dos 30 anos é a demência dos 80. A arrogância dos 40 anos é o stress e o infarto dos 50. Os pequenos delitos morais dos 25 anos são os escândalos de corrupção dos 70.

Quanto mais eu vivo, mais clara essa questão fica: quaisquer escolhas têm profunda influência em nossas vidas, muito mais do que imaginamos. Quanto maior a distância entre o momento da escolha e o olhar para o passado, maior a influência. Quando aprendemos isso, passamos a tomar muito mais cuidado com tudo que queremos e com o que não queremos. De fato, ter um propósito de vida bem definido muda todo nosso processo de tomada de decisão.

A segunda coisa é que, se parece difícil ter um objetivo claro a seguir, comece por eliminar aquilo que não lhe faz bem ou não lhe agrega em nada. Livre-se de maus hábitos, de pessoas tóxicas, comentários maldosos, piadas de mau gosto e tudo aquilo que o seu bom senso lhe diz ser inadequado mas, algumas vezes, até aceitamos socialmente. Ao eliminar esse peso morto, sobrará muito mais espaço para se dedicar ao que você quer. A sua clareza aumentará e ficará mais fácil descobrir qual o seu real norte. E, já que fizemos uma faxina, aproveite para preencher o espaço com pessoas que lhe fazem bem e que são inspiração para você.

Em terceiro, aquele consenso social de que quando estamos na pior é que vemos quem são nossos verdadeiros amigos, é a pura verdade (confiem em mim, vivi na pele). Quem lidar com você na pior é porque tem algo especial por sua pessoa.

A quarta coisa é “dar”. Refiro-me a doar-se, fazer parte do desenvolvimento humano de outros seres, de praticar a caridade, de ajudar ao próximo. Perceba que uma das mensagens mais poderosas que nossa existência pode enviar ao universo é que estamos prontos para receber, ao termos em abundância para doar ao próximo. É um desafio muito mais complexo e difícil do que parece para a maioria das pessoas. Não me refiro a dar um trocado no sinal: refiro-me a contribuir de forma efetiva, mensurável e duradoura. Envolva-se.

(…)

Faz pouco mais de 15 anos que a maioria dos fatos aqui relatados ocorreram. Sou imensamente grato pelas transformações positivas que eles provocaram e, o mais importante, saber que a evolução continua.

Por fim, se você leu até aqui, sinta-se abraçado. Um abraço fraterno de quem está à disposição para ajudar, caso precises.

 

Se me permitem recomendar alguma leitura…
Poder Sem Limites, Anthony Robbins
O Poder do Agora, Eckhart Tolle
Mindset, Carol Dweck


*post originalmente publicado nas mídias sociais em março de 2017.