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Degraus

Comecei este texto com um spoiler gigante logo no título.

Vamos falar de sucesso e fracasso.

Só que de um jeito diferente.

Comecemos pelo sucesso.

Comemorar conquistas é essencial biologicamente falando. Disparamos toda uma química poderosíssima de bem-estar em nosso corpo com o ato de celebrar.

Traz satisfação, felicidade e realização.

Mas existe um lado do sucesso, da conquista e da celebração que não só está presente no fracasso como são idênticos.

Um lado muitas vezes sequer percebido e talvez o mais importante: o encerramento de um ciclo e o início de outro.

Pense numa escada, com vários degraus e, no topo dela, o sucesso, o objetivo a ser alcançado.

Cada degrau é um fracasso ou um pequeno sucesso na jornada.

Cada degrau é um ciclo.

A cada um deles, temos a oportunidade, a chance de aprender com o que aconteceu e subir outro degrau.

Se não houver aprendizado, a chance se esvai.

Se ele acontece, um ciclo se encerra, outro se inicia.

E quando chegamos ao topo, a mesma coisa acontece: aquele ciclo de tentativa, erro, fracasso e finalmente sucesso, se encerra. Crescemos, evoluímos e podemos agora construir algo novo, uma nova jornada à um novo sucesso.

Não existem atalhos: se você não está aberto a errar, falhar e aprender, o sucesso NUNCA chegará para você.

Lembre-se: reconheça todos os ciclos e festeje pequenas conquistas também. Trata-se de uma sinalização fundamental para a nossa percepção de realidade e evolução.

“Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes.”
Bernardo de Chartres

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Um Passo de Cada Vez

Comecei na área de tecnologia aos 16 anos.

Se contar dois anos de estágio, são 30 anos de estrada.

Destes, foram cerca de 4 anos e meio sem emprego, em 3 períodos (3 anos, 6 meses e 14 meses), ao longo da carreira.

Não houve período fácil.

Fui educado a ser útil. Algo profundamente enraizado em minha identidade.

Não ter emprego destruiu essa identidade e realizou profundas mudanças, construindo outras.

Aprendi, reinventei, resisti; chorei, cambaleei, cai.

Levantei.

15 anos atrás, lembro de uma palestra onde uma proeminente figura da área falou sobre o tema.

Numa paráfrase, disse respeitar aqueles que vão à falência, aqueles que quebram, ficam à margem e retornam.

Não ha maior aprendizado.

Mas hoje, olho para o passado e percebo como fui privilegiado.

Apesar dos períodos de fome, não moramos na rua.

Apesar das diversas crises de depressão, houve uma saída.

Apesar dos apertos, cicatrizes e quedas, houve uma infraestrutura mínima de sobrevivência.

Mas nem todos tem essas oportunidades.

Nem tudo o que é possível para o ser humano é possível para todos.

Meu mais profundo respeito aos milhões de pessoas que ainda lutam ou que já desistiram.

Se você está lendo esse texto, do fundo coração, mesmo desistindo, eu gostaria de dizer a você que há uma luz no fim desse túnel, apesar de só poder falar da minha limitada experiência.

Quando nos sentimos no fundo do poço, o desespero bate à porta. Lá, é um desafio gigante perceber o todo. Às vezes, tudo que a gente precisa é colocar um pé na frente do outro, dar um passo. Olhar para o pé que está atrás, movê-lo pra frente e dar outro passo.

E quando menos esperamos, não estamos apenas caminhando; estamos deixando o fundo.

#UmPassodeCadaVez #Depressão #Desemprego #Pandemia #Superação #Oportunidade #Esperança

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Oportunidades, Sorte e Azar (*)

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Você já percebeu que a capacidade de identificar oportunidades na vida é diferente de pessoa para pessoa?

Você pode qualificar as oportunidades na sua vida inicialmente como coisas potencialmente aleatórias e que precisam ser reconhecidas por você… afinal, algo que não consegue ver, ouvir, sentir ou refletir sobre… não é muita coisa, muito menos oportunidade. Para quem não tem o preparo, maturidade ou não está pronto, as oportunidades não existem (elas passam embaixo dos nossos narizes e não percebemos).

Na verdade, mesmo que alguém chegue para você e aponte “olha, tem uma oportunidade ali, na sua frente!”, não adiantará muito.

Preparo significa aprendizado e ele não existe para quem está na zona de estagnação (também conhecida como zona de conforto) ou quem se faz de vítima. Ou seja, ou você é protagonista e responsável para “ter sorte” ou verá a sua vida apenas como consecutivos “azares”.

Aí, durante a caminhada, você pode chegar à conclusão de que, ao ter preparo suficiente, também pode criar oportunidades… e isso tem influência direta sobre o que considerarmos ser sorte ou azar. É isso mesmo! Ao nos preparamos, amadurecemos!

Veja como a sorte e o azar tem conotações diferentes dependendo do ponto de vista e como a referência é sempre a própria experiência, o próprio mapa: se olharmos de nós para nós mesmos, sorte significa um acontecimento positivo para o qual não nos preparamos ou para aquilo que não julgamos ser merecedores.

Já o azar significa não conseguir algo para o qual treinamos, nos preparamos, julgamos ser merecedores ou um infortúnio (acontecimento negativo para o qual não nos preparamos). Olhando de fora, achamos que alguém teve sorte quando consegue algo que nos é difícil e azar quando alguém não conquista aquilo que achamos ser justo.

Perceba também quanto há de expectativas e julgamento numa qualificação de algo como sorte ou azar também. Observe que até os eventos inesperados em nossas vidas podem ser vistos assim!

Quanto mais você se “prepara”, conhecendo-se e conhecendo o mundo a sua volta, maior será a sua capacidade de reconhecer as chances que aparecem, como quem coloca a cabeça para fora dos arbustos e finalmente vê a floresta…

Mas quanto maior o conhecimento e o autoconhecimento, maior será a fronteira entre o que conhece e o que não conhece.

Complicou?

Vamos descomplicar.

Imagine que o seu conhecimento ontem era uma bola de ping-pong.

Se você amarrar um cordão em volta da parte onde ela é mais gordinha, o comprimento do cordão será cerca de doze centímetros (essa é a sua circunferência).

Pense nesse cordão como a fronteira entre o que você conhece (bola de ping-pong) e o que você não conhece (todo o resto além do cordão).

Mas aí você estudou, permitiu-se trocar intelectualmente, preparou-se e, no momento atual, seu conhecimento é maior do que ontem. Ele não é mais uma bola de ping-pong… transformou-se numa bola de basquete.

Amarre um cordão em volta da bola de basquete… verá que ele cresceu para um pouco mais de setenta centímetros!

Ah Romulo, agora eu entendi! Eu assisti a uma apresentação de um palestrante motivacional famoso que diz que cada um tem o que merece, ou seja, se eu estudar, capacitar-me e fizer por onde, colherei frutos!

É, isso às vezes acontece.

Às vezes não.

É a vida!

Do mesmo que jeito que não há forma de prever o futuro, você pode usar o que está nas suas mãos para construí-lo, quando as chances de sucesso aumentarão vertiginosamente. Não fazer nada?

Essa é a garantia de que a sorte não sorrirá para você.

“O encontro da preparação com a oportunidade gera o rebento chamado sorte.”
Tony Robbins


(*) Esse texto é parte do livro “O Guia Tardio

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