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O Que Faz Você Mudar?

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Quando criança, você enfiou o dedo na tomada?

Já se queimou cozinhando?

Como ficou o seu coração depois do rompimento do seu último relacionamento ou diante da perda de um ente querido?

Ou diante de uma decepção relacionada a alguém em quem confiava ou da perda de um emprego?

Peço desculpas por ter feito você imaginar as situações acima e talvez até lembrado de algo desagradável.

Agora, me responda: o que há em comum entre os cenários acima?

Se você respondeu “dor” ou “sofrimento”, acertou.

Se você respondeu coisas como “mudança”, “aprendizado” ou “evolução”, acertou também.

Pare por um momento para compreender porque as coisas são desse jeito.

A dor é um mecanismo que surgiu da nossa evolução como animais: trata-se de um alerta, uma mensagem para que nós avaliemos o que está acontecendo. Ela é associada ao evitamento, à intenção de se afastar, tão logo seja descoberta a(s) sua(s) causa(s).

Isso pode acontecer quase que instantaneamente como, por exemplo, ao sentir o fogão aceso, impondo uma temperatura prejudicial ao tecido do seu braço. Em um reflexo, afastamo-nos.

A nossa reação varia muito e está intimamente relacionada à descoberta ou suspeita da causa. Quanto mais fugitiva, maior o desafio em reagir adequadamente. Contudo, a manifestação da dor é, na maioria das vezes, aguda e rápida.

Com as questões imateriais, do coração, do sentimento, dos valores, da ética, da moral e de tantos outros universos que podem dar origem a uma dor também imaterial, a sua manifestação tende a ser inicialmente aguda, transformando-se em crônica.

Em qualquer caso, a mensagem é clara: MUDE ALGO, AGORA! A dor é um indicador claro de que alguma coisa precisa ser feita e é necessário mudar.

“Transformação sem trabalho e dor, sem sofrimento, sem um sentimento de perda é apenas uma ilusão da mudança verdadeira.”
William Paul Young

Dor e sofrimento geram mudança.

Nas últimas três semanas, tenho me deparado com algumas literaturas que me fizeram enxergar algo.

Para explicar, temos que entender algo antes: do mesmo jeito que a dor e o sofrimento geram mudança, a nossa mudança como ser gera dor e sofrimento. Ou seja, há uma transitividade aqui e isso é muito importante.

Alguns autores afirmam que a dor da mudança é, na verdade, a resistência que oferecemos. O argumento é: sem resistência, sem dor. Entendo que essa resistência pode ser minimizada mas não eliminada. Nós, como animais, somos assim: feitos para conservar energia (e mudar gasta energia).

Não há forma de evitar isso. Mas certamente podemos agir para minimizar essa resistência. Autoconhecimento é uma delas.

Tenho escrito copiosamente por aqui sobre a dinâmica entre zona de conforto (que gosto de chamar de estagnação existencial), zona de esforço (que chamo de evolução existencial), dor, sofrimento, aprendizado e evolução.

A dor faz parte do nosso dia-a-dia e é um aprendizado útil saber lidar com isso de forma adequada. Muitos permanecem em uma estagnação existencial justamente para evitar essa dor da mudança.

Pense numa balança com dor e sofrimento de um lado e desejo e mudança (incluindo aprendizado, evolução e resultado) do outro. Se a dor for maior, você não se move. Se o desejo ou a necessidade de mudança forem maiores, você segue.

“É preciso a chuva para florir.”
Tocando em Frente – Almir Sater

Mas existe um outro elemento nessa equação de evolução, talvez o mais importante (se é que é seu interesse obter resultados): motivação.

Ela é uma grande amiga sua. Faz a balança pender para a mudança e, dependendo do seu tamanho, pode permitir suportar níveis inimagináveis de dor e sofrimento. Aliás, pode inibí-los, como um anestésico.

E aí, para contextualizar tudo que foi dito, faço uma pergunta chave: onde você quer chegar? Você quer coisas materiais, dinheiro, sucesso ou fama?

Quer ser mais amoroso, carinhoso, inteligente, culto ou companheiro? Quer mudar como pessoa?

Existe certamente um caminho de dor e sofrimento até chegar lá.

Então, a questão passa a ser: quanta motivação eu tenho dentro de mim para suportar a dor necessária a percorrer o caminho, chegar “lá” e manter ou evoluir o status?

Pense na motivação como a materialização da sua vontade, da capacidade de chegar aonde deseja, de obter o que quer ao manipular a única variável sob seu controle na equação da evolução! (A alternativa é desistir…)

“A mudança acontece quando a dor de permanecer na mesma é maior do que a dor da mudança.”
Tony Robbins

Motivação, essa coisa tão presente na vida de alguns e tão efêmera na vida de outros.

As pessoas tendem a achar motivação em fatores externos, como um pai, mãe, filho, pessoas próximas, dinheiro ou um sem número de coisas materiais. Chega a ser engraçado que muitos considerem de certa forma o objetivo como motivação.

Você chega para um indivíduo e pergunta:

“Qual a sua motivação para ser rico?” “Ah, é nunca mais pagar contas.”

“Qual a sua motivação para vencer na vida?” “Ah, é dar uma vida legal para minha esposa e filhos.”

“Qual a sua motivação para ganhar as olimpíadas?” “Ah, é por causa da minha mãe que era atleta e não conseguiu chegar aqui.”

“Por que você fez esse curso?” “Ah, porque meu pai quis.”

Nãoooooo! Não funciona assim…

“O crescimento é doloroso. A mudança é dolorosa. Mas nada é tão doloroso quanto ficar preso onde você não pertence.”
N. R. Narayana Murthy

Perdoem-me, mas as respostas acima indicam ou ingenuidade, ou desconhecimento dos próprios valores ou falta de rumo (talvez a combinação destes).

  • Nada material deve ser a origem da sua motivação.
  • Sucesso não deve ser a origem da sua motivação.
  • Dinheiro não deve ser a origem da sua motivação.
  • Ninguém deve ser a origem da sua motivação.
  • O que sua família quer não deve ser a origem da sua motivação.
  • O que alguém quer (seja pra você ou não) não deve ser a origem da sua motivação.

Eu costumo dizer que, não importa o que se acha ser uma motivação externa, um valor pessoal a precede.

Seus valores devem ser a origem da sua motivação.

Quando me refiro a pai, mãe ou filhos, penso no valor “família” como origem importante. Dinheiro e coisas materiais podem significar crescimento, estabilidade e até liberdade ou independência.

Qual a importância disso? Muito fácil: fatores externos são comumente passageiros e fraquíssimos diante de motivadores internos. Podemos ser uma fonte inesgotável de perseverança ao usarmos nossos valores como combustível.

Portanto, sugiro fortemente que você descubra quais são os seus. Eu posso ajudar você nessa jornada.

Para finalizar, se esse texto tem a intenção de deixá-lo com uma mensagem, é essa:

Se está doendo, algo precisa mudar.


Leitura sugerida:

(*) Este livro em especial traz uma ótica da vida com a qual não compactuo. Particularmente acho o texto agressivo demais e muitas vezes negativo, trazendo uma visão limitante e focando na problemática e não nas possibilidades. Entretanto, ele possui alguns insights interessantes e muitos podem se identificar com ele. Eu tenho uma teoria a respeito disso: quando estamos em dificuldades, tendemos a achar tudo uma porcaria e a usar uma linguagem muito semelhante. Entendo que pessoas nesse estado se identificarão com a linguagem e com as colocações e isso foi usado como estratégia para torná-lo um best-seller.

Na sequência, Mark Manson lançou outro livro chamado “Fodeu Geral” que, aí sim, é uma obra de arte.

 

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